Jorge Mautner O Filho do Holocausto (2012) – Heitor D’Alincourt, Pedro Bial

O documentário narra a trajetória de Jorge Mautner após seus pais —uma austríaca católica de origem iugoslava e um judeu austríaco— fugirem do nazismo, na Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial e chegarem ao Rio de Janeiro, no Brasil, no início da década de 1940. Seu nascimento na cidade, seu contato com a cultura brasileira por meio de um jovem negra que trabalhava como babá de sua família e cantava para ele sambas e cânticos de candomblé, sua ida para São Paulo, sua estada em Nova Iorque na década de 1960, suas parcerias com Gilberto Gil, Caetano Veloso e Nelson Jacobina, bem como seu auge no mundo musical são contados pelo filme.

Gênero: Documentário
Direção: Heitor D’Alincourt, Pedro Bial
Roteiro: Heitor D’Alincourt, Pedro Bial
Produção: Canal Brasil
Fotografia: Gustavo Habda
Trilha Sonora: Jorge Mautner
Duração: 93 min.
Ano: 2012

Novos Baianos Futebol Clube (1973) – Solano Ribeiro

Novos Baianos F. C. foi filmado por uma emissora de TV alemã, inédito até hoje no Brasil. O dia-a-dia de Moraes Moreira, Pepeu Gomes, Baby Consuelo, flagrados pelas lentes numa representação dos ícones “ripongas” nos anos 70.  Após saírem da gravadora Som Livre, se fixaram em um sítio de Jacarepaguá, onde gravaram com a continental o disco Novos Baianos F.C.. Neste sítio, viviam quase em anarquia, em pleno regime militar, dividindo-se entre futebol e música, o que fazia com que eles considerassem o grupo além de uma banda, um time de futebol. O documentário traz  canções que apresentam vários outros gêneros brasileiros como frevo, baião, choro, samba e pitadas de rock n’ roll.

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Guerrilha Gerador (2013) – Danilo Sevali

GUERRILHA GERADOR – (BRA, 2013) de Danilo Sevali

Em plena efervescência do movimento Ocuppy que sacudiu o mundo nos últimos anos, músicos de Mogi das Cruzes e Sorocaba se juntam para criar um verdadeiro blitzkrieg sonoro.

Utilizando geradores elétricos, eles montam seus shows em praças, ruas, parques ou qualquer outro lugar que lhes pareça possível. Basta que haja uma platéia pronta pra ouvir.

Este documentário retrata uma maneira original de questionar o espaço público, os esquemas do show business e, principalmente, a relação comercial entre a arte e o público.

Raul – O Início, o Fim e o Meio (2012) – Walter Carvalho, Leonardo Gudel

Enquanto o mundo fervilhava nas trepidões das motos de Easy Rider, no ritmo frenético de Elvis Presley, nos poetas Beatniks, na explosão da contracultura, um menino da Bahia deu a luz ao Rock no Brasil. Um disco voador desgovernado que abduziu o coração e a mente de milhares de fãs, Raul Seixas, um homem que virou mito. O filme desvenda através de imagens raras de arquivo, encontro com familiares, conversas com artistas, produtores e amigos, a trajetória da lenda do Rock [brasileiro]. Raul Seixas morreu jovem porque viveu intensamente. Rock n’ Roll, amor livre, Sociedade Alternativa, drogas, magia negra, ditadura militar, mulheres e filhas. Um homem que queria viver da sua obra e morreu por ela. O início, o fim e o meio se confundem, porque a história não acabou. (Texto do site oficial do filme)

Uma noite em 67 (2010) – Renato Terra e Ricardo Calil

Era 21 de outubro de 1967. No Teatro Paramount, centro de São Paulo, acontecia a final do III Festival de Música Popular Brasileira da TV Record. Diante de uma plateia fervorosa – disposta a aplaudir ou vaiar com igual intensidade -, alguns dos artistas hoje considerados de importância fundamental para a MPB se revezavam no palco para competir entre si. As canções se tornariam emblemáticas, mas até aquele momento permaneciam inéditas. Entre os 12 finalistas, Chico Buarque e o MPB 4 vinham com “Roda Viva”; Caetano Veloso, com “Alegria, Alegria”‘; Gilberto Gil e os Mutantes, com “Domingo no Parque”; Edu Lobo, com “Ponteio”; Roberto Carlos, com o samba “Maria, Carnaval e Cinzas”; e Sérgio Ricardo, com “Beto Bom de Bola”. A briga tinha tudo para ser boa. E foi. Entrou para a história dos festivais, da música popular e da cultura do País.

“É naquele momento que o Tropicalismo explode, a MPB racha, Caetano e Gil se tornam ídolos instantâneos, e se confrontam as diversas correntes musicais e políticas da época”, resume o produtor musical, escritor e compositor Nelson Motta. O Festival de 1967 teve o seu ápice naquela noite. Uma noite que se notabilizou não só pelas revoluções artísticas, mas também por alguns dramas bem peculiares, em um período de grandes tensões e expectativas. Foi naquele dia, por exemplo, que Sérgio Ricardo selou seu destino artístico ao quebrar o violão e atirá-lo à plateia depois de ser duramente vaiado pela canção “Beto Bom de Bola”.

O documentário Uma Noite em 67, dirigido por Renato Terra e Ricardo Calil, mostra os elementos que transformaram aquela final de festival no clímax da produção musical dos anos 60 no Brasil. Para tanto, o filme resgata imagens históricas e traz depoimentos inéditos dos principais personagens: Chico, Caetano, Roberto, Gil, Edu e Sérgio Ricardo. Além deles, algumas testemunhas privilegiadas da festa/batalha, como o jornalista Sérgio Cabral (um dos jurados) e o produtor Solano Ribeiro, partilham suas memórias de uma noite inesquecível.

http://www.imdb.com/title/tt1754803/